Weekly Note
Economias Sul-Americanas
Análise aos principais indicadores divulgados
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Na presente nota, pretendemos dar conhecimento das principais conclusões e antevisões da Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Económicos (OCDE) para estas geografias em 2022, bem como fazer referência à evolução dos seus indicadores económicos mais recentes.
Brasil
No que respeita ao Brasil, a OCDE prevê crescimento do PIB de 5,0% em 2021, podendo abrandar para 1,4% em 2022 e 2,1% em 2023. No ano transacto, a vacinação para o Covid-19 acelerou de forma significativa, estando mais de 60% da população totalmente vacinada em meados de novembro. Nessa altura, a taxa de ocupação nos cuidados intensivos atingiu o nível mais baixo desde janeiro de 2021. A manter-se o ritmo de vacinação, estima-se que toda a população adulta possa ter ficado vacinada até ao final do ano passado. Em 2021, a economia pôde recuperar devido ao levantamento das restrições de mobilidade que permitiram o avanço do consumo e do investimento. Segundo a OCDE, estas duas rubricas poderão ter crescido 3,0% e 16,5% respetivamente, em 2021. Já as exportações beneficiaram da recuperação das economias a nível global, do aumento da procura por commodities e da fraqueza do câmbio.
Nos últimos meses, o ritmo da recuperação económica brasileira tem vindo a mostrar sinais de abrandamento devido, em parte, ao menor poder de compra, às taxas de juro mais elevadas à incerteza política (eleições em outubro de 2022), fatores que têm tido o seu efeito nefasto ao nível da confiança do consumidor e das empresas. O mercado laboral tem vindo a recuperar mais lentamente do que o esperado e a taxa de desemprego (12%) permanece ainda acima dos níveis pré-pandemia. Os estrangulamentos ao nível das cadeias de abastecimento e logística também têm prejudicado o ritmo da retoma.
O ritmo da recuperação económica no Brasil tem vindo a abrandar
Segundo a OCDE, em 2022, a economia brasileira deverá registar um crescimento de 1,4%. O emprego deverá crescer e a inflação poderá começar gradualmente a diminuir devido às taxas de juro mais elevadas, o que tenderá a suportar o rendimento disponível das famílias sustentando o consumo privado. No final do presente ano, o investimento privado poderá recuperar com a melhoria ao nível dos bloqueios das cadeias de abastecimento. De referir que o endividamento das empresas não financeiras está atualmente em valores mínimos record, sugerindo espaço para expansão de crédito e para o aumento do investimento, apesar do aperto geral das condições financeiras. Já as exportações deverão continuar a beneficiar da recuperação a nível global.
Em termos de principais riscos, a OCDE refere um prolongamento da crise hídrica, que poderá levar ao racionamento energético, que torne a inflação mais persistente e reduza as perspetivas de crescimento económico. Caso a incerteza política se prolongue no tempo e haja um acréscimo de risco para as finanças públicas, a credibilidade fiscal do país poderá sair afetada, o que levaria ao desancorar das expectativas de inflação e à travagem do investimento. Por último, a OCDE refere que um crescimento económico mais fraco por parte da China poderá prejudicar o desempenho das exportações brasileiras.
Estimativas OCDE – Brasil
Em novembro passado, a produção industrial no Brasil registou uma queda de 4,4% em termos homólogos, versus um recuo anual de 7,8% em outubro e uma estimativa de consensus de descida de 4,1%. Em base mensal, a produção industrial recuou 0,2% em novembro, a sexta queda mensal consecutiva. Nesta fase, o output industrial situa-se cerca de 4% abaixo dos níveis pré-Covid. Nesse mês, a produção de bens de capital registou uma diminuição de 3,0% face ao mês anterior, anulando o ganho de 1,8% alcançado em outubro. A produção de bens duradouros avançou 0,5% face ao mês anterior, o primeiro ganho desde janeiro. No entanto, terá de se aguardar pelos dados de dezembro para comprovar qualquer melhoria sustentada. De referir que a produção de bens duradouros colapsou 29% nos primeiros 10 meses do ano, devido à crise de semicondutores, que prejudicou duramente a produção de automóveis. Já a produção de bens intermédios e não duradouros manteve-se inalterada em novembro.
Em geral, o setor industrial parece ter permanecido sob pressão no 4T21, continuando a ser prejudicado pelos estrangulamentos ao nível das cadeias de abastecimento. Taxas de juro mais elevadas e níveis de inflação ainda elevados também afetaram a confiança, no segundo semestre do ano passado. O primeiro trimestre de 2022 ainda deverá ser desafiante dados os efeitos da variante Omicron. As ausências de trabalhadores deverão continuar a aumentar e as cadeias de abastecimento e logística globais deverão continuar sob pressão devido aos encerramentos de fábricas na Ásia. Dito isto, não se esperam efeitos tão negativos na indústria como no caso da variante Delta, uma vez que as taxas de vacinação no Brasil e na Ásia deverão ajudar.
O setor industrial deverá per permanecido sob pressão no 4T21 prejudicado pelos bloqueios ao nível das cadeias de abastecimento globais
Em 2021, o excedente comercial do Brasil atingiu um valor record de 61,0 mil milhões de dólares, acima do valor já elevado de 50,4 mil milhões de dólares, em 2020. No ano passado, as exportações aumentaram 33% devido sobretudo ao efeito da subida dos preços das commodities. A fraqueza do câmbio e a recuperação económica global também suportaram as exportações brasileiras ao longo dos últimos trimestres. Destaque para o crescimento das exportações para a China, sobretudo no primeiro semestre de 2021, embora seja de salientar o surgimento de uma tendência mais negativa nos últimos meses. Já as exportações para os EUA também se destacaram em 2021, sendo que neste caso a tendência subjacente permanece em aceleração. As importações também aumentaram de forma substancial em 2021, tendo avançado 41,0%, após uma queda de 13,5% em 2020. Destaque para o avanço das importações de inputs industriais, combustível e lubrificantes. A moderação do ritmo da procura doméstica, no presente ano, deverá limitar a continuação da recuperação das importações. Já as exportações deverão continuar a melhorar devido à melhoria de competitividade cambial e aumento da procura externa.
Em 2021, o excedente comercial do Brasil atingiu um valor record de 61,0 mil milhões de dólares
A inflação no Brasil subiu de forma significativa nos últimos meses, fechando 2021 nos 10,1% o que “obrigou” o banco central a aumentar as taxas de juro de 2%, em março, para 7,75% em outubro. Vários fatores estão a contribuir para o aumento da inflação. Desde logo, a subida dos preços internacionais das commodities e o aumento dos custos de fretes e logística. A procura global está a acelerar devido aos pacotes de estímulo fiscal nos principais parceiros comerciais do Brasil, mas os estrangulamentos ao nível das cadeias de abastecimento impedem o necessário ajuste na oferta, despoletando pressões inflacionistas nos bens industriais. A crise hídrica está a contribuir para a alta dos preços da eletricidade a nível doméstico, já que dois terços da oferta de eletricidade assentam em geração hídrica. A inflação nos serviços está a ser impulsionada pelo aumento da procura, suportada pelas generosas transferências de cash para as famílias de menor rendimento. A incerteza política e o aumento do risco de consolidação fiscal também têm afetado a taxa de câmbio, aumentando a inflação importada.
A inflação subiu significativamente, levando o banco central a aumentar as taxas de juro
Em dezembro, a taxa de inflação aumentou 0,7% face ao mês anterior. A taxa anual atingiu 10,1% versus 10,7% em novembro, bem acima do intervalo target do Banco Central do Brasil de 2,5%-5,25%. Ao longo do ano 2021, a taxa de inflação aumentou para 10,1% versus 4,5% em 2020 devido sobretudo à aceleração da inflação nos preços administrados para 16,9% versus 2,6% em 2020. O aumento da taxa de inflação da eletricidade para 22,1% versus 9,1% em 2020, explicado pela crise hídrica, foi o principal motivo da aceleração. A subida de 47,5% nos preços da gasolina também foi um driver chave em 2021. Os preços de mercado também contribuíram para o aumento da inflação no ano passado, devido à reabertura da economia, aos efeitos dos estímulos fiscais, às disrupções nas cadeias de abastecimento e aos elevados preços das commodities. Em 2021, a inflação nos preços de mercado aumentou para 7,7% versus 5,2% em 2020.
A medida de inflação Core fechou o ano 2021 em 7,5% versus 2,8% em 2020, confirmando a existência de pressões inflacionistas subjacentes. Os dados mensais de dezembro de 2021 revelam alguma moderação, já que o avanço mensal de 0,7% foi o menor ganho registado no mês de dezembro desde 2018. Em base mensal, foram registadas subidas em todos os nove grupos, com destaque para alimentação (0,8%), transportes (0,6%) e grupo habitação (0,7%). A subida de 0,6% nos preços dos transportes compara com um avanço mensal de 1,4% em dezembro de 2020. Já a subida de 0,7% no segmento da habitação constitui o menor ganho mensal desde o mês de agosto. A inflação parece estar finalmente a abrandar, devido ao aperto das condições monetárias, à melhoria do clima, à estabilização nalguns preços de commodities e aos efeitos de base favoráveis. O aprofundar destas tendências nos próximos trimestres poderá permitir uma diminuição da inflação, estimando-se que possa terminar o ano 2022 próxima de 5%.
De qualquer forma, as pressões inflacionistas mantêm-se ao nível da medida de inflação Core e as expectativas de inflação permanecem demasiado altas para gerar conforto. Deste modo, apesar da recente estabilização, não parece haver margem para o Banco Central adotar uma postura mais neutral. De facto, será expectável a continuação do aperto na política monetária para controlar a dinâmica da inflação e manter as suas expectativas ancoradas. O Comité de Política Monetária poderá subir a taxa de referência em 150bp, para 10,75%, na sua próxima reunião de fevereiro e em 75bp, para 11,50%, em março.
A recente moderação na inflação não deverá travar a continuação da subida das taxas de juro de referência dado o elevado nível das expectativas de inflação e das pressões ao nível do Core
Colômbia
No que respeita à Colômbia, a OCDE prevê que a economia possa ter crescido 9,5%, em 2021, e que venha a avançar 5,5% e 3,1% em 2022 e em 2023, respetivamente. Após a violenta vaga de infeções por Covid-19 registada em julho, desde então o número de casos tem vindo a diminuir consideravelmente, possibilitando a flexibilização das medidas de distanciamento social. A vacinação tem progredido de forma consistente, embora a cobertura seja inferior aos comparáveis regionais. O principal motor de crescimento tem sido o consumo privado devido à aceleração do emprego, o qual já recuperou 95% das perdas registadas com a crise. O investimento continuou a ser suportado pelos programas de infraestruturas. Já as exportações têm beneficiado dos elevados preços das commodities e da recuperação económica dos principais parceiros comerciais.
A vacinação tem avançado, embora a cobertura seja inferior aos comparáveis regionais
Segundo a OCDE, a recuperação económica deverá prosseguir nos próximos 2 anos embora a um ritmo mais moderado. O consumo privado e o investimento deverão continuar a ser os principais motores de atividade, devido aos efeitos dos estímulos fiscais e à continuação da melhoria dos níveis de confiança. O mercado laboral deverá continuar a recuperar, mas mais lentamente, com os níveis de emprego pré-pandemia a serem totalmente alcançados em meados de 2023. Os preços do petróleo e a recuperação da procura externa deverão continuar a beneficiar as exportações.
Estimativas OCDE – Colômbia
A taxa de inflação tem vindo a aumentar, excedendo o intervalo de 2%-4% estipulado pelo Banco Central. A política monetária reagiu à subida da inflação e começou a retirar alguns dos estímulos significativos proporcionados desde o surto da pandemia. Em dezembro, a taxa de inflação continuou a subir, tendo registado uma subida mensal de 0,7%, acima da estimativa de consensus de 0,5% e do avanço médio de 0,3% neste mês nos últimos cinco anos. A taxa de inflação anual aumentou para 5,6%, o máximo desde final de 2016, acima dos 5,3% registados em novembro. A taxa de inflação Core atingiu 3,4% em dezembro. Neste mês, a subida mensal foi parcialmente explicada pelo aumento da inflação alimentar para 17,2% versus 8,5% em junho e 5,5% em janeiro. Por outro lado, a inflação nos preços dos transportes atingiu 5,7% versus 4,9% em novembro e 1,4% em janeiro, devido à subida do preço do petróleo e à reabertura da economia.
Assim sendo, a inflação na Colômbia ainda está a acelerar devido à solidez da procura doméstica, maior competitividade devido à depreciação cambial e à subida dos preços das commodities. A inflação poderá atingir máximos no final do primeiro trimestre deste ano, mas deverá permanecer em níveis demasiado elevados. Assim sendo, será expectável que o Banco Central continue a efetuar subidas nas taxas de juro de referência, as quais poderão vir a atingir níveis próximos dos 5,00% versus 3,00% atualmente.
México
A OCDE prevê que a economia mexicana possa ter avançado 5,9% em 2021, podendo progredir 3,3% em 2022 e 2,5% em 2023. A recuperação tem sido generalizada nos vários setores desde a agricultura, à indústria e aos serviços. Ao nível dos serviços, denota-se alguma heterogeneidade, com os setores de maior interação social a registarem underperformance, enquanto outros segmentos já se encontram acima dos níveis pré pandemia. A atividade de turismo, importante fonte de emprego e receita em várias regiões, ainda se encontra 27% abaixo dos níveis pré-pandemia. A vacinação tem avançado de forma consistente, sendo que em novembro 58% da população já tinha recebido pelo menos uma dose de vacina e 49% encontravam-se totalmente vacinados. O consumo tem recuperado consistentemente, encontrando-se apenas 3% abaixo dos níveis pré-Covid. Já o investimento tem recuperado mais lentamente, permanecendo 7% abaixo dos níveis pré pandemia.
A recuperação económica tem sido generalizada pelos vários setores
Para 2022 e 2023, antecipa-se que o consumo seja um motor chave de crescimento devido ao avanço contínuo na vacinação, às melhorias no mercado laboral e à continuação de recebimento de remessas do exterior. O investimento deverá beneficiar da execução dos projetos de infraestruturas e as exportações deverão ser sustentadas pela forte recuperação económica dos EUA e pela elevada integração do México nas cadeias globais de valor.
Estimativas OCDE – México
Em novembro, a produção industrial no México aumentou 1,6% face ao ano anterior, abaixo da estimativa de consensus de 2,4%, mas acima do ganho de 0,7% em outubro. Em base mensal, a produção industrial diminuiu 0,1% em novembro, o que compara com um ganho de 0,6% em outubro e uma queda de 1,1% em setembro. O output de construção registou o pior desempenho, tendo caído 0,6% face ao mês anterior, a terceira queda mensal consecutiva devido ao afundar da construção residencial. O output de manufatura manteve-se inalterado em base mensal, após um ganho de 1,9% em outubro. Já o output do setor mineiro/petrolífero aumentou 0,4%, o terceiro ganho consecutivo. A produção industrial encontra-se 3,5% abaixo do nível pré pandemia. No curto prazo a situação permanecerá desafiante dados os efeitos da Ómicron, do aperto das condições financeiras, da inflação elevada e da incerteza política. No segundo semestre, admite-se que a manufatura possa melhorar caso haja uma redução gradual nos bloqueios ao nível das cadeias de abastecimento.
Em novembro, a produção industrial no México ainda se encontrava 3,5% abaixo dos níveis pré pandemia
A inflação no México tem vindo a aumentar significativamente e como tal o Banco Central subiu as taxas de juro em 25bp nas reuniões de junho, agosto, setembro e novembro de 2021, para 5%. Em dezembro, a taxa de inflação mexicana atingiu os 7,4%, bem acima do intervalo target de 2%-4% do Banco Central. Em base mensal, a taxa de inflação aumentou 0,4% em dezembro. A inflação Core atingiu os 5,9% em dezembro versus 5,7% em novembro. De facto, em 2021, o nível geral de preços atingiu máximos dos últimos 20 anos devido a vários fatores, como as disrupções ao nível das cadeias de oferta e a evolução desfavorável do clima. Dada a elevada integração do México nas cadeias de valor globais, os bloqueios logísticos e a inflação a nível global, como um todo, exercem forte pressão sobre o seu nível de preços. A subida mensal em dezembro foi sobretudo impulsionada pela componente Core, a qual subiu 0,8%, impulsionada pelos preços dos serviços. Já os preços não Core caíram 0,9%, face ao mês anterior, devido sobretudo à queda de 1,6% nas tarifas de energia, no seguimento da descida dos preços do gás LP.
A inflação no México tem vindo a aumentar significativamente, tendo atingido 7,4% em dezembro de 2021, um máximo desde início de 2001
A inflação deverá diminuir após a subida significativa do ano passado. Neste ano e no próximo, a inflação deverá abrandar gradualmente à medida que os efeitos do aperto de política monetária se façam sentir, os bloqueios nas cadeias de abastecimento melhorem, a recuperação económica modere e os efeitos de base se tornem favoráveis. De qualquer forma, o outlook de inflação permanece incerto e as pressões ao nível do Core deverão perdurar mais tempo, fazendo com que o Banco Central decerto opte por continuar a subir taxas de juro evitando o risco de desancoragem das expectativas de inflação. De facto, nas atas da última reunião de política monetária, ficaram bastante claras as preocupações do Banco Central mexicano acerca da inflação, sobretudo no que respeita à evolução da componente Core. Segundo o Conselho do Banco Central do México, o outlook para a inflação deteriorou-se significativamente enquanto o ritmo de aperto monetário até agora manteve-se gradual, o que pode sugerir que a convergência para o target de inflação exigirá subidas futuras superiores a 25bp. Deste modo, serão expectáveis subidas de taxas de juro adicionais, possivelmente na ordem dos 50bp, em fevereiro e março.
Em suma, as economias da América Latina em questão deverão prosseguir a sua recuperação da crise, embora a um ritmo mais moderado. Em geral, o setor industrial permanece sob pressão devido aos bloqueios nas cadeias de abastecimento, os quais poderão persistir durante a primeira metade do ano devido aos efeitos da variante Ómicron. Nestas economias, a inflação subiu de forma significativa tendo como alavancas comuns os elevados preços das commodities, os bloqueios logísticos e os efeitos dos estímulos fiscais. Em geral, os níveis de inflação atingidos superaram os targets dos Bancos Centrais e como tal despoletaram subidas nas taxas de juro de referência. Será expectável um abrandamento gradual da inflação, no entanto, dada a incerteza do outlook deveremos continuar a assistir ao aperto das respetivas políticas monetárias com o objetivo de controlar a dinâmica da inflação e manter ancoradas as suas expectativas.